Floene – Distribuímos Energias de Futuro

NOTÍCIAS

Floene faz primeira injeção de hidrogénio verde, caminho “para cortar nas importações”, diz Costa

Projeto “A Energia Natural do Hidrogénio” vai abastecer um conjunto de 82 clientes residenciais, terciários e industriais e servirá de exemplo para outros projetos a nível nacional. “Até ao final deste mandato havemos de exportar alguma coisa”, frisa ministro do Ambiente.

Oprimeiro passo para a “energia do futuro chegar a casa dos portugueses” aconteceu hoje, no Seixal. Com o primeiro-ministro, António Costa, na primeira fila, deu-se a primeira injeção de hidrogénio verde na rede de distribuição de gás em Portugal, lderado pela Floene.

O projeto “A Energia Natural do Hidrogénio” vai abastecer um conjunto de 82 clientes residenciais, terciários e industriais e servirá de exemplo para outros projetos a nível nacional, com o primeiro-ministro a prometer uma estratégia clara e persistente de aposta no desenvolvimento do hidrogénio verde.

“É importante que nós sonhemos e façamos mesmo a obra. Pode não ser num ano ou em dois. Mas temos de ter uma estratégia clara e a persistência para a prosseguir, porque o racional é muito claro: Temos uma das melhores estruturas, uma das mais modernas infraestruturas e uma das melhores coberturas na infraestrutura de distribuição na rede de gás natural”, sustentou o líder do executivo, referindo-se às ameaças que resultaram da intervenção militar russa na Ucrânia, sobretudo no plano da dependência energética face a países terceiros.

“Ninguém pode estar totalmente dependente de um fornecedor ou de fornecedores externos para a energia que se necessita. Autonomia energética significa liberdade”, salientou, citado pela Lusa, defendendo que, por esse motivo, “quando Portugal investe nas renováveis, na sua autonomia energética, está também a reforçar a sua própria liberdade — a liberdade que é a maior fonte de energia”. “Se queremos ter um futuro mais sustentável do ponto de vista ambiental, mais próspero do ponto de vista económico e mais livre do ponto de vista político, então temos mesmo de prosseguir essa aposta nas energias renováveis”, afirmou.

Também Diogo da Silveira, líder do Conselho de Administração da Floene, empresa de capitais alemão e japonês, destacou as condições de competitividade em Portugal em matéria de hidrogénio verde. “A infraestrutura portuguesa é robusta e com elevados níveis de eficiência, pelo que a sua otimização deve impactar todos os setores da economia, incluindo famílias e indústrias”.

“Portugal está em vantagem nesta área face a outros países, porque dispõe de uma elevada capacidade de energia renovável hídrica, mas também solar e eólica, possíveis de serem utilizadas para a produção de hidrogénio verde”, observou Diogo da Silveira.

Antes, António Costa referiu que um dos maiores pesos na despesa nacional ao nível da balança de transações resulta da importação de energia. “Temos aqui uma oportunidade de reduzir as importações, de substituí-las e, no futuro, a capacidade de exportar aquilo que nós próprios podemos produzir. Cada 5% de hidrogénio que é injetado é menos 5% de gás natural que importamos”, disse, citado pela Lusa.

Ainda antes, o ministro do Ambiente, Duarte Cordeiro, manifestara já a sua convicção de que em 2026 “Portugal irá exportar pela primeira vez produtos derivados do hidrogénio”. “Até ao final deste mandato havemos de exportar alguma coisa para mostrar que realmente é por aqui que reside uma grande oportunidade em termos de futuro para o país. Se o preço da energia não é neste momento o primeiro tópico da conversa atual, então é porque aquilo que fomos capazes de produzir em termos de energias renováveis, assim como a proteção que conseguimos conferir aos consumidores e à indústria, permitiram hoje demonstrar que o país tem a este nível resultados para apresentar”, defendeu.

NOTA: Texto publicado pelo Dinheiro Vivo a 7 de março de 2023.

NOTICIAS RELACIONADAS