Floene – Distribuímos Energias de Futuro

HIDROGÉNIO

INFORMAÇÃO TÉCNICA

1. Outros projetos similares (HyDeploy , H21, Hy4Heat, Hydrogen Homes, GRYHD)

A Energia Natural do Hidrogénio é pioneira em Portugal, contudo, isso não significa que sejamos os únicos no mundo. Em alguns dos países mais desenvolvidos, com destaque para a Europa, já existem projetos (desenvolvidos e em desenvolvimento) cujo objetivo é a utilização de hidrogénio verde como fonte de energia.

Veja abaixo alguns dos projetos mais relevantes e que confirmam a importância de uma aposta no hidrogénio verde.

2. Adequação das redes, em particular de polietileno, para a distribuição de H2 e misturas GN/H2

Diversos estudos evidenciam que as infraestruturas existentes, concebidas para a distribuição de gás natural, são suficientes e seguras para distribuir H2.

A rede existente, que transportará misturas H2/GN em percentagens até 20%, não terá qualquer diferença em relação às redes de GN. A linha a construir para a veiculação do H2 até ao PRM50 será, portanto, licenciada de acordo com o normativo aplicável para GN.

Com vista a confirmar o bom desempenho do polietileno (PE) para veicular H2, será realizada a monitorização de fenómenos de permeação por medição da concentração de H2, ou da explosividade em caixas de visita instaladas ao longo da linha, bem como a verificação da eficácia das válvulas de isolamento. Simultaneamente, será reforçado o programa de pesquisa de fugas da linha de H2, com detetores específicos, no sentido de controlar mais eficazmente a ocorrência de fugas decorrentes de defeitos de construção e, sobretudo, decorrentes da permeabilidade acrescida do PE ao H2.

Além disso, a queima do H2 produz uma chama invisível e requer a utilização de extintores distintos dos habitualmente utilizados pelas distribuidoras. O projeto requer igualmente a necessidade de formação dos técnicos envolvidos na operação da rede, abordando especificamente as diferenças no processo de queima e na extinção de eventuais incêndios, para além do funcionamento do equipamento de injeção a instalar.
Os serviços de engenharia de materiais incluem a aprovação/certificação do projeto, materiais e procedimentos, bem como inspeção e acompanhamento da construção da linha de hidrogénio e à unidade de mistura e ainda análises (colheita e processamento por amostra) da mistura a distribuir e ensaios de materiais expostos ao hidrogénio.

3. Caldeiras/Esquentadores H2-ready

No futuro, espera-se o desenvolvimento e escala comercial de equipamentos capazes de receber e funcionar 100% a hidrogénio.

4. Impacto do blending nos contadores de gás.

Com o tipo de contadores que utilizamos, contagem de mistura H2/GN poderá apresentar imprecisão para % maiores de H2. Este assunto está em estudo a nível internacional. Visto que o volume de mistura crescerá à medida que a % de H2 for aumentando, os contadores existentes poderão ser incapazes de contar o gás para % elevadas, ou para H2 a 100%. Sendo o gás bem contado (em volume), o impacto na contagem da energia consumida e no gasto mensal do consumidor deverá ser nulo.

5. Limites do blending no parque de equipamentos atual

Os aparelhos atuais são homologados com um gás limite que tem 23% de H2, mas tal não significa que estejam homologados para queimar misturas com aquela % de H2. A homologação feita deste modo prevê que os aparelhos fiquem certificados para misturas até cerca de 10% (a confirmar).